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Em depoimento, humorista confessou ter mentido sobre proposta de emprego para atrair miss antes de matá-la; assista

Raissa Suellen, de 23 anos, foi morta em Curitiba. Amigo dela, o humorista Marcelo Alves, confessou o crime na delegacia. Homem está preso preventivamente e ne...

Em depoimento, humorista confessou ter mentido sobre proposta de emprego para atrair miss antes de matá-la; assista
Em depoimento, humorista confessou ter mentido sobre proposta de emprego para atrair miss antes de matá-la; assista (Foto: Reprodução)

Raissa Suellen, de 23 anos, foi morta em Curitiba. Amigo dela, o humorista Marcelo Alves, confessou o crime na delegacia. Homem está preso preventivamente e nega que crime foi premeditado. Humorista conta, em depoimento, que proposta de emprego oferecida a miss era falsa O vídeo do interrogatório do humorista Marcelo Alves, que confessou ter matado a miss Raissa Suellen Ferreira da Silva em Curitiba, mostra o homem dando detalhes sobre uma falsa promessa de emprego que fez para atrair a atenção da vítima antes de matá-la. Assista acima. A jovem, que ficou oito dias desaparecida, era amiga de Marcelo, vivia em Curitiba havia três anos e anunciou para a família que se mudaria para São Paulo, por intermédio do suspeito, para trabalhar. Segundo a polícia, porém, o homem inventou a falsa proposta para poder levá-la até a casa dele com o objetivo de se declarar. A jovem foi morta depois de rejeitá-lo e teve o corpo escondido em uma área de mata. ✅ Siga o g1 PR no Instagram ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp O depoimento do humorista foi na segunda-feira (9), data em que ele confessou o crime. Segundo o relato, em 30 de maio, ele encontrou Raissa na rua e mencionou estar indo para São Paulo. Dias antes, ele disse havia oferecido uma vaga de trabalho para ela na capital paulista. Na ocasião, Raissa recusou a proposta, dizendo que estava empregada. No entanto, após o novo encontro, ela demonstrou interesse no trabalho. "Ela mandou mensagem, um áudio falando: 'Aquele emprego, tá de pé? Quero ir com você. Se tiver de pé a gente vai. Posso ir amanhã, pode mandar a passagem que vou amanhã'. Falei: 'Amanhã não dá, pode ser na segunda-feira?''", contou em depoimento. Humorista Marcelo Alves, que confessou ter matado a miss Raissa Suellen Ferreira da Silva Reprodução Segundo ele, a viagem foi combinada para às 10h30 de segunda-feira, 2 de junho, dia do crime, de acordo com a polícia. Momentos antes do encontro dos dois para a falsa viagem, Marcelo disse que pensou em desistir. "Eu demorava responder porque eu não estava querendo ir, [estava] desistindo pra ir, sabe? [...] Não tinha proposta de emprego, era mentira", contou. No depoimento, Marcelo contou que buscou Raissa na casa onde ela morava com amigas, no bairro Portão, em Curitiba. As amigas da jovem ajudaram a colocar os pertences dela no carro e se despediram. Um vídeo da jovem dando tchau dentro do veículo foi gravado pelas amigas. Antes de ser morta em Curitiba, miss foi filmada se despedindo de amigas Por fim, ele contou que levou a jovem para almoçar e, depois, foram até a casa dele, onde cometeu o crime. Segundo Marcelo, ele utilizou uma abraçadeira plástica para estrangular a vítima. "Eu me declarei pra ela. Não tem São Paulo, não tem viagem, não tem emprego. Eu trouxe você aqui porque eu gosto de você, e me declarei pra você, to me declarando agora, eu quero ficar com você. Quando eu falei isso, ela falou: 'você é mentiroso, você disse que tinha emprego em São Paulo, você tá mentindo. Como vou ficar com você? Seu gordo, feio, mentiroso, nojento'. Começou a gritar alto. Eu fiquei com muito ódio, muita raiva, perdi a cabeça, dai aconteceu." Marcelo Alves está preso desde segunda. Nesta quarta (11), a Justiça aceitou que ele continue detido preventivamente. Leia também: Investigação: Mulher é presa suspeita de sequestrar filhas de vizinha em Londrina Investigação: Delegada aponta indícios de que humorista planejou morte de miss em Curitiba Castro: Irmãos são presos suspeitos de drogarem bebida de amiga e estuprá-la Envolvimento do filho de Marcelo Dhony de Assis, filho de Marcelo Alves, relata sobre a participação no crime No depoimento, Marcelo também contou que, após o crime, ligou para o filho, Dhony de Assis, de 26 anos, pedindo para que ele fosse até a casa. Ele afirma que o filho não teve participação no assassinato, mas ajudou a levar o corpo da jovem até a área de mata onde ela foi descartada, em Araucária, na Grande Curitiba. "Minha única participação foi só de dirigir o veículo, não quis nem ficar perto do local, esperei ele no carro. Ele tirou o corpo, ele que cavou o local. Eu não quis participação exatamente com nada", falou o filho. Dhony foi preso por ocultação de cadáver, pagou fiança e foi liberado. Investigações Na terça-feira (10), um dia após a prisão, a delegada Aline Manzatto afirmou que as investigações indicam que a morte da miss foi um crime premeditado pelo humorista. Ela apontou inconsistências entre o depoimento e provas coletadas: Ferramentas citadas por Marcelo para ocultar o corpo não foram encontradas. Exames indicam que Raissa pode ter sido dopada — não havia sinais de defesa. Laudo preliminar não confirma morte por estrangulamento com abraçadeira. Outro ponto levantado pela investigação é a motivação do crime. Conforme Manzatto, o humorista demonstrou frustração diante da recusa de Raissa em se envolver romanticamente com ele. "Por isso, a Polícia Civil passa agora a tratar como feminicídio", disse. O carro usado por Marcelo para carregar o corpo foi periciado e liberado. O corpo da jovem também foi periciado e deve ser encaminhado para a cidade de Paulo Afonso (BA), de onde era natural, na noite desta quarta (11). Segundo a delegada, as investigações continuam a fim de verificar se as lesões presentes no corpo de Raissa são compatíveis com a confissão de Marcelo. Raissa Suellen Redes sociais O que diz a defesa de Marcelo e Dhony O advogado Caio Percival, que representa Marcelo, afirmou que não houve premeditação do crime e que Marcelo matou Raissa por "violenta emoção". Disse, ainda, que Marcelo lamenta o caso e que colabora com a Justiça. Ele afirmou também que a informação sobre o enforcamento de Raissa por um lacre não é oficial, já que o laudo de necropsia não foi emitido. O advogado disse ainda que o fato do corpo ter ficado muitos dias enterrado pode prejudicar a autópsia. "Marcelo é réu primário, tem bons antecedentes, nunca pisou numa delegacia de polícia e infelizmente foi arrastado pelas barras da paixão a essa situação que foge, evidentemente, do normal. Nós temos uma causa de diminuição de pena que é a própria confissão e uma segunda causa de diminuição de pena que é o domínio de violenta emoção logo após injusta provocação da vítima, já que, em dado momento, houve uma discussão entre eles", afirmou. Sobre a participação de Dhony, filho de Marcelo, o advogado Caio Percival afirmou que ele não teve participação no crime. Disse, também, que não houve dolo ou intenção criminosa. "Movido por um apelo de natureza puramente paterna e afetiva, Dhony, ao atender ao chamado de seu pai, sentiu-se moralmente coagido a assumir a condução do veículo envolvido nos fatos ora apurados. Trata-se de uma atitude tomada sob forte pressão emocional, em um momento de extremo abalo e tragédia familiar", afirmou o advogado. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná.

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